Insisto em acreditar, ano após ano, que
Adriano de Souza pode ser campeão mundial, mas no mesmo modo começo a acreditar
que está ficando cada vez mais difícil. Hoje penso: se não for 2015 não será
nunca mais. Está tudo dando certo, Kelly mal, Medina de ressaca, Parko sem
vontade e Mick Fanning (sempre consistente e no calcanhar dos caras até o final
do ano) também pode deixar a desejar até o final do ano. Independente de quem
ganhe Fiji, Mineiro continuará em primeiro no ranking. Tá certo que está cedo,
4 etapas até agora, acabando a quinta e ainda mais 6 para acontecer, mas a
verdade é que a performance de Adriano de Souza através de resultados parece
uma febre. Ele ganha uma, duas, vai muito bem em outra e depois despenca. Onda
pesada ele vai bem, Margaret River ele não ganhou a toa mas, falta aquele algo
mais, aquele plano B, aquela calma que só os campeões tem, ele ainda não. Ele é
excelente de front side, surfa otimamente bem em direitas e ondas de linha,
quando o mar não está bom ele também quebra, se supera e acredita até o final
mas, e os tubos? Não, ainda não! Fiji mais uma vez foi mal (apesar de já ter
tido um resultado bom, mas ok...ele já está há 9 anos no tour). Teahupoo? Jamais.
Pipeline ele é mero coadjuvante e não demonstra dominar as ondas. A verdade é
que foi criada muita expectativa desde que ele entrou no ct, em 2006, já de estreia
fazendo semi-final em Gold Coast com direitas longas, com um power surf e
verticalidade, deixando os gringos impressionados aos 19 anos. A partir daí
2006 foi para se consolidar na elite onde ele nunca mais iria sair. De lá pra
cá o surf foi melhorando, experiência adquirindo e começando a ganhar etapas
fora do Brasil, ano a ano, lentamente. Mas o auge de repente chegou, difícil ultrapassar
esse limite mas, a inexperiência em tubo não foi superada, a dificuldade
continua e não se vê ele conseguindo ultrapassar essa barreira que impede com
que ele conquiste o tão sonhado título. Não vou comparar com Medina, seu surf e
sua performance acima do nível em 2014. Mas afinal o que falta para o Mineiro?
Ele não é tão bom assim? Maior vontade e qualidade em onda tubular? Enfim, continuarei
torcendo para que ele seja o segundo brasileiro campeão mundial (quando já
pensei que fosse ser o primeiro), cale a boca do meu pessimismo e seja definitivamente
um verdadeiro campeão dentro d’água.
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